05/06/2013

Precisamos falar sobre beleza


Essa semana eu estava na casa do meu namorado assistindo TV, e apesar de ter TV a cabo com muitos canais para escolher, acabamos zapeando e caindo sem querer num canal muito conhecido de TV aberta onde falava sobre “beleza”, mulheres em busca de suas duvidosas e diferentes perfeições. Sim, em busca, porque chegar lá, eu ainda não ouvi ninguém dizer que chegou. Uma delas queria malhar mais para aumentar pernas que já eram grandes, outra queria próteses de seios maiores do que os 2 litros e meio que já tinha em cada um deles, outra ainda, queria ter todos os seus músculos mais monstruosamente desenvolvidos do que já estavam enquanto assumia uma “pose” de mulher em cima de saltos quinze, não chegaria nunca a dizer delicada.

E foi aí que eu comecei a me perguntar sobre o conceito de perfeição ou mesmo de beleza para essas pessoas, porque se a mulher de dois litros e meio em cada seio se olha no espelho e acha que tem que aumenta-los, não vejo nenhuma diferença entre isso e anorexia, uma auto distorção de seu próprio corpo. Mas anorexia não é uma doença? Pois bem, ao invés de discutir sobre possíveis transtornos psicológicos, como alguém assim se vê, ao invés de colocar em pauta questões que envolvem esse tabu, conflitavam sobre o condicionamento físico da mulher monstruosamente malhada, contra uma personal trainer de corpo tradicionalmente feminino. É correto afirmar que todos têm direito de buscar o que quiser buscar sem ter que se perguntar se isso está prejudicando a si mesmo? Antes de se deitar numa maca em direção à sala de cirurgia, antes mesmo de escolher o tamanho de sua próxima prótese, uma visita ao psicólogo viria a calhar.

Perfeição e exagero andam lado a lado? Essas mulheres confundem o real significado dessas duas palavras e o quanto estão distantes uma da outra, e acabam por achar que são sinônimos, embora o exagero não esteja em seu vocabulário diário. Eu não quero firmar lados, nem ir pra cima do muro, quero apenas fazer questionamentos, opinar divagando. Só posso concluir que se a utópica perfeição existisse, ela estaria mais perto do equilíbrio do que dos extremos.


"Mas “perfeito” é uma palavra tola: perfeição, só no 
céu de todas as utopias. Aqui, nesta nossa terra nada 
utópica, perfeição me pareceria um pouco entediante: 
como, nada a reclamar, tudo assim direitinho?
Pensar é transgredir, pág. 30 por Lya Luft


E você, o que pensa sobre isso?
Beijos 



PS: Ainda estou tendo provas, mas vou arrumar um tempinho ainda essa semana para uma resenha muito legal!

3 comentários:

  1. Oi eu curti seu texto...eu jamais faria plástica em nome de beleza, acho isso um absurdo mas cada um sabe da própria vida e do corpo néh, mas pra mim isso é doença tbm, viver em busca da perfeição, pra que isso néh...adorei a postagem...

    BjOs!!!

    @jannagranado
    http://livrospuradiversao.blogspot.com.br

    ResponderExcluir
  2. Oi Aluska, prometo que no próximo sorteio não terá rede social como regra obrigatória, dai você poderá participar. <3

    http://nerdicesdeumagarota.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir